O país descobre o ombudsman, profissional treinado para ouvir queixas e providenciar soluções.
A palavra sueca, inalterável no masculino, feminino e plural, é de difícil pronúncia - ombudsman. No entanto, entrou para o vocabulário cotidiano dos brasileiros. A primeira explicação para o fenômeno é numérica: cinco anos atrás, havia cerca de 30 ombudsman no país. Hoje, são 300. Antes, ficavam restritos à iniciativa privada. Atuavam em supermercados, bancos ou administradoras de cartões de crédito. Hoje, pontificam em órgãos públicos. Integram uma categoria das mais beneficiadas pela onda de privatizações do país.
A primeira vez que se ouviu falar de ombudsman no Brasil foi em 1986, quando a Prefeitura de Curitiba implantou a novidade. O termo se popularizou em 1989, quando o jornal Folha de S.Paulo indicou um jornalista para ser o representante do leitor. A prática perdura.
(Trechos de matéria publicada pela revista Época em sua 89ª edição de 31/01/2000.http://epoca.globo.com/edic/20000131/soci2.htm )
O ombudsman da Folha de São Paulo perdura até hoje. Atualmente este cargo é representado por Mario Magalhães. Ele publica todos os domingos uma coluna ressaltando suas principais critica da semana.
A seguir temos uma rápida entrevista com o ombudsman da folha.
1 - Em sua opinião qual a função do Ombudsman?
Ser a melhor síntese possível dos interesses dos leitores, por mais subjetivo que isso possa ser.
As atribuições do ombudsman se restringem às questões editoriais.
Suas funções essenciais são intermediar a relação entre leitores e Redação e criticar a Folha do ponto de vista dos leitores.
2 - Para o jornal Folha de São Paulo o que representa o Ombudsman?
O ombudsman é o representante dos interesses dos leitores.
3 - Em sua opinião, o que é indispensável e o que não pode conter em um jornal escrito diário?
Indispensável: escrúpulos.
Não pode conter: falta de escrúpulos.
4 - Qual a sua opinião sobre os jornais sensacionalistas em formato de tablóide? Você vê imparcialidade neles?
Depende o jornal. Cada caso é um caso.
5 - Nesta nova era para a qual caminhamos onde velocidade da informação é muito grande. Como você vê o papel do jornal impresso neste futuro?
Não sei como será o futuro. Mas, impresso ou digital, o jornalismo seguirá a ter uma função social relevante.
6 - Você acredita que a internet pode em um futuro chegar a substituir o jornal impresso?
No futuro, o jornalismo estará hegemonicamente na internet. A internet será a plaraforma unificadora de diversas mídias. Social e jornalisticamente, inexiste diferença em veicular um jornal em papel ou na tela.
7 - Em sua opinião, qual será o formato do jornal impresso diário daqui a 10 ou 20 anos?
Não sei. Provavelmente ele ainda existirá e terá influência.
Site do ombudsman da Folha de São Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ombudsman/
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