quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O mundo visto pelos jornais

Os jornais tratam hoje da nova tentativa de acordo entre israelenses e palestinos, promovida pelo desacreditado presidente americano George W. Bush.

Apesar das declarações otimistas dos envolvidos, o noticiário não transpira animação.

Talvez o fato de o anfitrião não ser conhecido propriamente como um promotor da paz tenha alguma influência na visão da imprensa.

O melhor retrato do encontro foi feito pelo desenhista Cássio Loredano e publicado no Estado de S.Paulo. Mostra dois xifópagos, irmãos siameses, em posição de duelo.

Os jornais de hoje também noticiam a violência nas ruas de Sucre, na Bolívia, onde quatro pessoas morreram durante protestos contra a nova Constituição aprovada por iniciativa do presidente Evo Morales.

Está nos diários, da mesma forma, a morte de um homem durante manifestações contra a proposta de reforma constitucional do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Também são notícia os choques entre policiais e moradores nos subúrbios de Paris, que começaram com a morte de dois adolescentes, atropelados por um carro da polícia.

Jovens filhos de imigrantes árabes e africanos voltaram às ruas, como em 2005. O protesto contra a polícia tem como pano de fundo a persistência do desemprego e das más condições de vida nos subúrbios pobres da capital francesa.

A semelhança entre os três acontecimentos é a insatisfação de parte da população com as políticas públicas de seus governantes.

Na América do Sul, protesta-se contra mudanças.

Na Europa, protesta-se pela falta de mudanças.

Os acontecimentos na Bolívia e na Venezuela são chamados de confrontos, protestos e manifestações.

Os acontecimentos nos bairros pobres de Paris são chamados de distúrbios.Detalhes como esses ajudam a entender como a imprensa diária molda a visão de mundo dos seus leitores.

(Consultado no Observatorio da Imprensa em 28/11/2007 no link: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/blogs.asp?id_blog=8&id={8EF8B9D6-CE4D-4D49-B846-515DA38AF257})

Um comentário:

Anônimo disse...

Si, probabilmente lo e