Relato de sua formação acadêmica.
Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (1988), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1995) e doutorado em Comunicação e Cultura Contemporânea na UFBA (2007). Atualmente é professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teoria da Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: jornalismo, mobilização social, comunicação, meio ambiente e reportagem.
Perguntas:
1 - Em que patamar você caracteriza a crítica da mídia no Brasil, em comparação com outros países? Se é que existe qual a diferença entre os países de primeiro e terceiro mundo?
“Não me considero especialista, mas apenas um leitor de critica de mídia.” Pelo leitor que é estamos nos passos iniciais deste processo se comparado a França, Inglaterra e Estados Unidos que tem ferramentas especificas para a crítica. A Inglaterra, por exemplo, tem jornais específicos voltados a crítica de mídia. Nestes paises a presença do ombudsman já existe há mais tempo.
A critica de mídia no Brasil e muito menor que nos paises mais desenvolvidos, lá a critica é algo natural. No Brasil a critica gera polêmica, pois a uma inversão de papeis, damos mais valor a quem se critica e não damos o devido valor ao objeto da critica.
2 - Em sua opinião, o que é indispensável e o que não pode conter em um jornal escrito diário?
Tem que ter jornalismo. Falta a argumentação mais clara do porque se publica algo ali? A articulação entre as matérias, a coerência da página e o julgamento da matéria ali impressa.
3 - Qual a sua opinião sobre os jornais sensacionalistas em formato de tablóide? Você vê imparcialidade neles?
São jornais que exploram determinados nichos de mercado. O “sensacionalismo” está mais voltado para a matéria. Qualquer jornal pode ser sensacionalista ou publicar sensacionalismo em suas paginas.
Não podemos estigmatizar, pois por meio deles a população tem acesso as a publicações diárias. O é um tipo de jornal que não traz a imparcialidade, pois seus relatos não retratam todos os lados de um fato, mas o fato em si. Funciona pela premissa da adesão. Não se preocupa com os lados, mas sim com a notícia, pois o tipo de jornalismo que não tem como premissa central a imparcialidade.
“Eles não fazem o jornalismo, ou o jornalismo não precisa ser imparcial?”
4 - Nesta nova era para a qual caminhamos onde velocidade da informação é muito grande. Como você vê o papel do jornal impresso neste futuro?
“Não advogo a tese do fim do jornal, distinguindo o produto editorial jornal do material jornal.”
O produto editorial tal como o jornal é, deve permanecer. O formato de página este não deve ser perdido, pois é a característica mais marcante do jornal. Já o suporte (papel) este deve variar.
Em um futuro o jornal terá seu formato digital, não como o formato web. Na web a home-page na verdade não tem um formato de pagina propriamente dita, pois não pode passar as páginas e sim trocar de janela.
A digitalização é algo muito provável, mas deve-se tomar cuidado com o formato a ser utilizado. Tem jornais hoje em dia já digitalizados, o jornal gera a página em formato eletrônico (pdf) e o leitor imprime onde lhe convier.
Em algum momento o jornal pode até chegar a utilizar-se de saídas digitais (TV, radio) mas com a saída em outros meios que não estes.
5 - Você acredita que a internet pode em um futuro chegar a substituir o jornal impresso?
Não. Os meios de comunicação se reacomodam e ocupam campos com estratégias distintas, ele pode realocar e não substituir. A comunidade que define o futuro do meio.
Um exemplo disto é a tipografia. “Ela não há mais porque existir, mas para certos fins artesanais ela ainda existe e se justifica.”
6 - Qual a sua opinião sobre a qualidade da informação apresentada pelos principais jornais impressos mineiros? E se comparados a outros no Brasil?
A noção que qualidade é bem abrangente para a cobertura regional é pobre no formato nacional se comparado com o Globo ou Folha. O olhar que eles dão é muito pobre, pois não relata nem o nacional nem o regional de forma precisa. “Quem mora em Belo Horizonte não tem uma noção muito clara do que acontece no interior.”
7 – Algum outro comentário a cerca de crítica de mídia ou jornal impresso?
Segundo Jose Luis Braga a disseminação da crítica de mídia deveria seguir a noção do “sistema social de resposta”.
A crítica da mídia da forma que esta hoje parece ser algo de especialista e em locais específicos (Observatório de imprensa, por exemplo). Um exemplo disto é o caderno de TV, todos os jornais têm este caderno, nele não tem nenhum tipo de critica, só o resumo das novelas e relato da vida das celebridades.
“ A mídia da forma que existe não pode passar sem a critica da sociedade”.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
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Um comentário:
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