quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A Capa da Revista e o Resto

As revistas semanais impressas são fundamentais para a consolidação de uma democracia. São instrumentos de análise crítica de um cenário político, social ou cultural de uma determinada sociedade. No caso do Brasil, as revistas semanais relatam e discutem, através de reflexões altamente críticas em seus pontos de vista-ou pelo menos deveriam ser assim-, os acontecimentos da semana anterior. Para tal, devem promover um impacto instantâneo em todos que lêem a revista e também naqueles que não a lêem, inclusive naqueles que somente passam pela banca para comprar balas e cigarros. Ou seja, o impacto visual da capa deve condensar as idéias da semana em uma imagem, provocando um certo mal-estar no leitor, deixando-o incomodado com aquela situação que de certa forma o envolve. Ou então a revista pode se interessar em promover algum tipo de pesquisa ou reportagem sobre algum assunto relevante. Mas na maioria dos casos o interesse é de promover a idéia de crítica à sociedade em relação a um determinado fato ocorrido. Propor mudanças na mente de pessoas com conhecimentos prévios, interessadas no “progresso” cultural, político ou ambiental da sociedade é fundamental. O modelo dessa revista no Brasil surgiu no fim do século 19, passou por transformações e se cristalizou a partir dos anos 60. A partir dai, primam pelas sensações como um meio para despertar certos interesses ao relatar reportagens de forma textual, fazendo de certa forma, uma concorrência com a televisão, grande “vilão” dos outros meios de comunicação. Miram no leitor que possui um certo grau de conhecimento e espera dele uma mudança no modo de agir e pensar perante o determinado fato ocorrido na semana anterior.

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